Para dar conta disso encontrei um excelente artigo de 12 páginas, de autoria do Prof. Doutor Ubiratan Iorio, onde ficam claras as ideias que sustentam o que é o posicionamento liberal em relação à política, à ciência e a economia.
O racionalismo cartesiano, ao ser transplantado para as ciências sociais, gerou a idéia de que a mente e a razão humanas seriam capazes, por si só, de permitir ao homem construir de novo a sociedade. Tal pretensão racionalista,que Hayek denominou de construtivismo, teve suas origens em Platão, fortaleceu-se com Descartes e encontrou seguimento em Hegel e Marx. Confrontado, com o racionalismo crítico característico do pensamento liberal, o racionalismo construtivista - fonte das utopias, do socialismo e do totalitarismo - desponta como ingênuo em suas crenças,extremamente arrogante em sua gnosiologia e perigoso em suas experimentações práticas nas sociedades modernas, como a história do século XX atesta.A alternativa liberal - o racionalismo crítico ou evolutivo - baseia-se em uma visão de mundo extremamente mais realista em sua observação dos fatos, humilde em relação às limitações dos poderes da mente humana e cética no que diz respeito aos experimentos daquilo que Hayek denominou de"engenharia social" e que são o resultado natural da utopia racionalista cartesiana.Para que o leitor possa compreender as vantagens que os liberais vêem no racionalismo crítico em relação ao construtivista, no que se refere à formulação de respostas às questões filosóficas fundamentais com que o homem se defronta, é conveniente situarmos algumas questões relacionadas com a teoria do conhecimento, mostrando a importância daquilo que se chama de negatividade - que através do recurso permanente aos contra-exemplos e refutações (falsificacionismo) - sobre os argumentos de natureza positiva, que servem de apoio às atitudes dogmáticas..
O texto completo pode ser encontrado no Google Docs ou aqui. Recomendo altamente.