sábado, 11 de outubro de 2014

Segurando a onda da ideologia

Esse é o problema da ideologia.
O indivíduo sabe que o tal partido está sujo até suas entranhas, que bateu todos os recordes de roubalheira.
Mas continua votando neles, afinal "eles pensam no social".
Parecem utilizar-se de uma ética flexível.
O pior é que esse mesmo cidadão se horrorizava quando, no passado, o paulistano defendia o voto em Maluf com a famosa frase: "rouba mas faz".
Fazer o que? Seguimos em frente.
Democracia é isso.

domingo, 13 de maio de 2012

Trabalho escravo e o oportunismo do atual Governo

Desde 1995, mais de 42 mil pessoas foram libertadas em condição de trabalho escravo no Brasil, de acordo com dados do próprio Ministério do Trabalho. em função disso, está em discussão na Câmara dos Deputados uma proposta de tornar lei a expropriação de propriedade rural em caso de comprovação de trabalho escravo na mesma.

Mais uma vez o país está tendendo a escolher a atitude mais populista e de moralidade rasteira para resolver um problema que é - sem dúvida - seríssimo. De um lado, a cara de pau de alguns deputados conservadores que questionam agora o que se pode definir como trabalho escravo. De outro, os arautos do outro mundo possível que aproveitam cada oportunidade para dar um passo adiante rumo a uma sociedade cada vez mais totalitária.

É inegável que precisamos encontrar para o país uma solução definitiva para o trabalho degradante e com claras evidências de escravidão. Há muito empresário rural safado por aí se aproveitando de estar lá no fundo do rincão brasileiro, escondido nos interiores de suas terras, abusando e explorando cidadãos brasileiros humildes e desprovidos de informação, socorro e capacitação. Mais uma vez, a solução - a meu ver - está no centro. Não se pode mais ser conivente com formas indignas de contratação de pessoas. Mas não podemos também cair no discurso fácil da ideia de expropriação. A sociedade democrática precisa garantir o direito de propriedade, instituição que visa preservar o indivíduo das garras do Estado.

Quem garante que uma lei dessas não vá prejudicar exatamente pequenos agricultores por incorrerem em um ou outro delito de legislação trabalhista e que possam ser interpretados equivocadamente como trabalho escravo por algum ou alguns fiscais mal intencionados?

A punição deve realmente ser severa, a ação do Estado deve ser firme, mas percebo certo oportunismo do atual governo e querer trazer ao país o nefasto instituto da expropriação.



quinta-feira, 1 de março de 2012

O germe da sociedade fechada

As Universidades tem sido no Brasil as maiores fornecedoras de acadêmicos e profissionais com a mente cauterizada pelas doutrinas totalitárias. Apresente-se como um liberal ou conservador e você será facilmente hostilizado, seja como aluno ou docente. No mínimo isolado, uma vez que a tolerância intelectual é de fato pouco praticada na Academia. Os estudantes sofrem mais ainda, pois são levados pela onda dos que acham deter o monopólio da virtude por acreditarem no "outro mundo possível".
"Irina Cezar, de 22 anos e prestes a concluir o curso de Ciências Sociais na USP, conta que não fala mais nas assembleias estudantis. “Uma vez peguei o microfone e defendi o fim da greve na frente de umas 1.500 pessoas. Os militantes ficaram loucos, vaiaram. Eles se dizem a favor da liberdade de expressão, mas se você pensar diferente eles são os primeiros a jogar pedra”, reclama ela, que também se considera de esquerda."
A boa reportagem do Estadão segue aqui.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

As teias da Web

Assim como os fakes de Luis Fernando Veríssimo e Arnaldo Jabor grassam pela web, há muitos blogs de pseudojornalistas, pseudoanalistas, pseudointelectuais, querendo fazer jornalismo ou ciência social. Não fazem mais do que propaganda política. Há um ponto positivo na liberdade de expressão, que é o acesso e a democratização da informação. Mas é preciso atitude crítica para não se comprar propaganda por jornalismo, doutrina por teoria, gato por lebre.


No caso do jornalismo isso é bastante visível. A prova dos sete é fácil de fazer. Basta checar nas matérias se há fontes jornalísticas ou respeito ao preceito jornalístico de buscar a isenção sobre os fatos. Blogueiros apaixonados acabam publicando notas e posições oficiais sem o mínimo cuidado de checá-los ou contrastá-los com a realidade dos fatos. Assumir o discurso de um governo - qualquer que seja - é crime inafiançável no jornalismo. Na Ciência então, nem se fala.

Nada tenho contra a propaganda política. Apenas contra propaganda travestida de jornalismo. Só isso.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Quem é mais virtuoso: o pobre ou o rico?

Diógenes, filósofo da Grécia antiga era um andarilho. Certo dia, enquanto andava com uma lamparina em plena luz do sol, alguém perguntou a ele qual o motivo daquilo. "Procuro um homem honesto" respondeu ele*. 



Quando abordamos esse assunto e colocamos os parâmetros de pessoas ricas e pobres, é quase óbvia a decisão apaixonada de se optar pelos pobres. E é moralmente justificável qualquer opção pelos mais fracos. Isso é da natureza humana, e é bom que assim seja. 

O problema está em se acreditar que há uma classe trabalhadora (e por isso pobre)   estanque das outras, daí ficar ao lado dessa classe substituiria a quase cristã decisão de se optar pelos pobres. Há quem faça exercícios teóricos que tentam inclusive identificar o cristianismo com o socialismo por essa coincidência.
Imaginar uma classe trabalhadora estanque é não levar em conta  que um dia essa mesma classe que Marx chamou de burguesa foi a classe trabalhadora. É ignorar a dinâmica social contemporânea. É não notar que há pessoas que eram pobres nos anos 90 e hoje são consideradas ricas, pela ascensão econômica e social. Eu mesmo conheço várias pessoas com história parecida.

Outro problema de se assumir dogmaticamente o lado do mais fraco é imaginar que esse seja,  por si só, puro e cheio de virtude. E que o rico, pela sua natureza de rico, seja naturalmente um desalmado explorador. Nossa realidade humana e muito humana é a mesma, independente de classes sociais. Um pobre virtuoso deixará de sê-lo ao enriquecer? E um rico sacana deixará de sê-lo ao tornar-se pobre?
Há uma excelente resposta que os advogados apreciam em suas exibições nos juris que serve para ambas as perguntas: “toda pessoa é muito honesta até o momento em que deixa de ser”.

Minha profissão de fé – ou posição padrão – como diria John Searle, é no que o homem tem de melhor, os valores que desenvolvemos na sociedade ocidental de respeito aos direitos fundamentais do indivíduo,  à tolerância religiosa e política, o culto da não violência, o pensamento cosmopolita prioritariamente ao pensamento nacionalista, a fraternidade, a busca pelo conhecimento pelo seu valor em si, e nossa capacidade de admitir e corrigir nossos erros. Tudo isso combinado com uma pitada de paixão. Até porque aprendemos com Bertrand Russel que não devemos ser nem totalmente racionais nem totalmente apaixonados. Há que se ter um equilíbrio entre ambos. Eu já penso que a paixão é tempero, e como o sal que adiciona seu maravilhoso sabor aos pratos simples e aos requintados, deve sempre ser usada com parcimônia.

E cá entre nós, ricos e pobres, socialistas e conservadores, religiosos e ateus, brancos e negros, homens e mulheres, heteros e homos, somos todos cheios dos mesmos defeitos e virtudes, do mesmo orgulho bobo, dos mesmos sonhos infantis, das mesmas atitudes nobres e das mesmas porquices imorais. Alguém já disse que a ignorância nos une a todos, pois somos todos ignorantes em alguma coisa. 

* A imagem postada é da pintura de autoria de Johann Tischbein, pintor alemão do séc. XVIII 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Nossa sina é a Tolerância

Ainda esses dias estava conversando sobre a postura elitista que assumimos contra produtos da cultura popular, com ares de uma arrogância elitista, como se fôramos todos representantes da nobreza. O assunto era o tal Teló, cuja música de padrão muito simples (talvez seja essa a sua virtude) virou hit na Europa e já chegou ao Oriente Médio, tornando-se portanto sucesso mundial. Ok, é de gosto duvidoso, mas alto lá.


 A sociedade aberta é assim exatamente por ser porosa, dar espaço para todos e permitir todas as manifestações políticas e culturais. Não precisamos aprovar nem ouvir, mas ofender já passa do limite da tolerância que Voltaire tanto defendeu ("posso discordar de você, mas defenderei seu direito de dizê-lo"). Podemos até avaliar a profundidade estética, o valor moral e etc.... Mas sempre no âmbito do debate democrático e científico. Acho que estamos num momento bacana proporcionado pelas mídias sociais, que estão dando voz às pessoas como nunca se viu na história da humanidade.


 Massimo di Felice, professor da USP e estudioso das mídias sociais, diz que há uma nova opinião pública emergindo do espaço digital. Eu acho ótimo que isso aconteça, e será bom se aprendermos a aprofundar nossas discussões, aprimorando inclusive o respeito pelo gosto do outro. Mesmo que seja por Michel Teló, Luan Santana ou o BBB. Na sociedade aberta,  nossa sina é a tolerância.

sábado, 1 de outubro de 2011

Blues, o pai do pop!

Não haveria pop music sem o blues. Não haveria Beatles, nem Led Zeppelin, nem Stones, nem Neil Young, nem Madonna, nem Lady Gaga... sem esses artistas pobres e maltrapilhos que trouxeram dos campos de algodão e das ruas sujas de Chicago para as ondas do rádio essa arte maravilhosa chamada Blues, que influenciou e incendiou mundo da música "all over the world". Vale a pena ver o desempenho firme de Sonny Boy Williamson.





quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"Liberal é quem defende todas as liberdades"

Ipsis Litteris, copio post do sempre rápido no gatilho Prof. Orlando Tambosi, da UFSC


 Na tradição autoritária ibero-americana, liberalismo sempre foi um anátema. Apesar de nunca ter marcado presença nesses países, o liberalismo (agora atacado sob o jargão "neoliberalismo", criado pelos náufragos do socialismo) é acusado de todos os males. Liberalismo é a face do demônio na terra.

Mas o que é ser liberal? Ora, liberal é aquele que defende as liberdades, tanto a política quanto econômica - aliás, inseperáveis. É liberal pela metade aquele que privilegia a liberdade econômica em detrimento das liberdades civis, considerando que a economia é o lugar onde se resolvem todos os problemas. Nisto, está mais próximo dos marxistas.

Ser liberal é bater-se por todas as liberdades: além da liberdade econômica, as liberdades de ir e vir, de expressão, de crença, de imprensa etc.

Nesse sentido, o liberalismo não é uma ideologia, mas uma filosofia do cidadão em guarda contra a excessiva intervenção do Estado e dos poderes públicos. Liberdade é um bem que se conquista, não um favor do Estado ou do governante. 

Como disse Mario Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura 2010 e um dos raros intelectuais latino-americanos a defender as ideias liberais:

"Diferentemente do marxismo ou dos fascismos, o liberalismo não constitui, na verdade, um corpo dogmático, uma ideologia fechada e autossuficiente com respostas pré-fabricas para todos os problemas sociais, mas sim uma doutrina que, a partir de um conjunto relativamente pequeno e claro de princípios básicos estruturados em torno da defesa da liberdade política e da liberdade econômica - ou seja, da democracia e do livre mercado -, admite em seu interior uma grande variedade de tendências e nuanças."

Liberal, em suma, é quem defende, contra a cultura autoritária, a cultura da liberdade.

P.S.: nunca é demais lembrar que as ideologias mais sangrentas do século XX foram, todas elas, antiliberais: nazismo, fascismo e comunismo.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Somos todos afrodescendentes (via blog Baixo Clero, de Fábio Silveira)



Por Marcos Cesar Gouvea

O povo brasileiro é afrodescendente, “eurodescendente” e “nativo-descendente”. É por isso que as cotas raciais em algumas universidades brasileiras têm suas bases assentadas numa mentira. Desde o governo Fernando Henrique Cardoso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) tem manipulado números dos censos para fazer crer que os chamados “negros” constituem metade da população, incluindo nesse campo os auto-declarados “pardos”. FHC pediu para o IBGE dar a canetada. Lula obrigou o IBGE a fazê-lo e o instituto passou a ser um órgão aparelhado e militante da “causa negra”, trabalhando para criar, no Brasil, o mito de “uma raça negra” de um lado e uma “raça branca” de outro.
Ao colocar os “pardos” no campo “afrodescendente” o IBGE, de uma canetada só, por exemplo, extinguiu os “nativo – descendentes”. Como se os índios não tivessem deixado descendentes. A verdade é que não há etnia pura no Brasil. A população brasileira é afrodescendente, “euro-descendente” e “nativo-descendente”, miscigenada como nenhuma outra nação do planeta.
O absurdo das cotas raciais é imaginar que uma jovem, um jovem brasileiro, se tiver a cor da pele negra ou parda, automaticamente está em desvantagem na sociedade e não tem competitividade escolar. A História não mostra isso. Nas universidades, e outras instituições, as pessoas negras sempre estiveram presentes na proporção exata de sua representatividade na população, assim como os pardos e brancos. Tanto no estudo como no trabalho. O aumento artificial da “população negra” cria a ilusão de sub-representatividade e distorce as políticas públicas.
No último censo, o próprio povo brasileiro corrigiu IBGE, governo federal e outras instâncias públicas que disseminam a mentira da separação racial brasileira. Os números do último censo mostram a realidade, com a maioria dos “pardos” se autodeclarando “morenos escuros” ou “morenos claros”, miscigenados, descendentes de negros, índios e brancos. Assim como aqueles que se declaram brancos e mesmo os que se declaram negros. Nem IBGE, nem a mídia quiseram divulgar e analisar esses números.
As cotas raciais estão na contramão da realidade e servem de bandeira a militantes oportunistas que se arvoram de justiceiros da história. Como se crimes contra a humanidade, como a escravidão, pudessem ser minimizados. Qualquer discriminação pela cor da pele, como dizia Paulo Freire, é imoral. Jovens colocados diante de “tribunais raciais” para decidir se são afrodescendentes são constrangidos e submetidos a situação degradante. Cena que lembra os tribunais da Gestapo que “analisava” se as pessoas eram ou não judias.
A discriminação que sempre existiu no Brasil foi a econômica. Os pobres, de todas as cores, sempre foram os discriminados. Mesmo assim, cotas econômicas para escolas públicas também podem ser uma deformação, pois nem todos os pais que colocam os filhos em escolas particulares são ricos e nem todos que colocam os filhos em escolas públicas são pobres. E paliativos como esses escondem o verdadeiro problema que é o sucateamento do ensino fundamental, sem solução à vista, jogado “ao acaso dos prefeitos”.
Na Universidade Estadual de Londrina, antes de incluir alunos de forma artificial, as cotas excluem alunos aptos a ingressar na universidade. A UEL, em sete anos de cotas não produziu sequer um estudo comparativo entre os “incluídos e excluídos”. A UEL, em sete anos, produziu poucos estudos sobre as cotas. A composição artificial de 40% do alunado é mais um fator a ameaçar o nível acadêmico da instituição, que não deve continuar se pautando pelo populismo e pela demagogia de todas as cores. E é preciso retomar a lição: a cor da pele é irrelevante.

*Marcos Cesar Gouvea é jornalista em Londrina

sábado, 13 de agosto de 2011

Meio século de vergonha

O muro de Berlim completa 50 anos de sua construção. Segundo a Enciclopédia Britânica, de 1949 a 1961, mais de 2,5 milhões de alemães do leste migraram para o Berlim ocidental, provocando na então Alemanha Oriental o receio de que a economia daquela região se inviabilizasse, uma vez que os migrantes eram jovens e adultos qualificados profissionalmente, professores e até intelectuais. Tiveram então a coerente (com sua doutrina de sociedade fechada) ideia de construir um muro para impedir o êxodo de alemães-orientais para o lado ocidental. Hoje, 50 anos após essa vergonhosa construção ter sido erigida, o mundo comenta e discute o que esse nefasto Muro significou para a humanidade.
No sítio da Deutsche-Welle, a principal rede de tv alemã, pesquei o seguinte:

"Ninguém tem a intenção de erguer um muro!". A frase foi dita na República Democrática Alemã (RDA – ou DDR na sigla em alemão), de regime comunista, pelo líder do SED, partido único, Walter Ulbricht, no dia 15 de julho de 1961, diante da imprensa internacional. Dois meses depois, o mesmo Ulbricht daria a ordem para dividir Berlim.

Quase 30 anos depois do início de sua construção, em 1961, o Muro de Berlim transformou-se no maior símbolo da Guerra Fria, que chegou ao Brasil e à América Latina de outras forma. Aqui, o receio de que guerrilhas revolucionárias motivadas pelo sucesso de Fidel Castro e Che Guevara em Cuba chegassem até aqui motivou o fechamento de governos democráticos em ditaduras militares. Essa reação totalitária de direita motivou a esquerda a bradar até hoje como se fossem verdadeiros defensores da liberdade e da democracia.
Ocorre que a "democracia" que eles querem é a do partido único, assim como havia na Alemanha Oriental. Lá o chamado SED vigiava fortemente os cidadãos e controlava a mídia. Curiosamente, a esquerda brasileira hoje quer fazer o mesmo. Proclamam ardentemente a necessidade de se ter uma "Ley de Medios" (eles utilizam o termo em espanhol para aludir ao que os Kirchner fizeram na Argentina) para reformar a mídia brasileira, que eles chamam de golpista. Assim como a Alemanha Oriental tinha na mídia ocidental um dos seus maiores inimigos, aqui nossos esquerdistas "democráticos" querem fazer o mesmo.

Também do site da DW:

"Os jornalistas ocidentais recebiam informações e material sobre temas delicados de informantes como o jornalista e cinegrafista Siegbert Schefke e o fotógrafo Aram Radomski. Ambos tinham quase 30 anos e ainda "tinham uma conta a acertar" com o regime quando começaram a fornecer informações a jornalistas ocidentais e a filmar o que não deveriam.

Como, por exemplo, em 9 de outubro de 1989 em Leipzig, quando os dois se deitaram sobre sujeira dos pombos dentro da torre de uma igreja e filmaram, secretamente, a manifestação de 70 mil cidadãos da Alemanha Oriental contra o regime do SED.

As filmagens foram entregues ao correspondente da Spiegel, Ulrich Schwarz, que as levou para o Ocidente. No dia seguinte, os alemães orientais puderam ver no Tagesschau [noticiário televisivo ocidental] que não foram 500 bêbados que provocaram arruaças no centro Leipzig, como fora anunciado pela mídia da RDA."


O tempo passa e as marcas da história vão se cristalizando, fornecendo documentos e relatos fartos sobre como as sociedades democráticas estão repletas de pseudo-amigos românticos - talvez até cheios de boa vontade - mas prontos a nos levar ao mais terrível dos sistemas. Temos o dever de tolerá-los, ou perderíamos nossas credenciais de sociedade democrática. Muito ao contrário do que eles mesmo demonstram: a incapacidade de tolerar críticas e contrários.