O problema é que esse pessoal do MST tem em mente uma sociedade que não dará aos seus críticos o direito de existir, como eles existem em nossa sociedade democrática. No fundo de suas teses eles querem mesmo é a sociedade comunista, ou melhor - a sociedade fechada. Nela só haverá espaço para a justiça do "povo", assim eles dizem. E a elite deles é que decidirá o que o povo quer. Nós já vimos isso com a subida de Lênin ao poder na Rússia, e o que isso gerou.
Nessa semana apareceu lá uma matéria que, além de preocupante, começa a mostrar de fato quem é o MST`, e como ele seduz com seu canto da sereia a intelectuais que pouco estudam, a universitários apaixonados e a pessoas humildes, essas reféns da ignorância:
MST organiza tribunal popular para julgar latifúndio em Recife
A noite da última quinta-feira (22/4) solenemente conduziu o agronegócio e o latifúndio ao banco dos réus. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e organizações como o Núcleo de Assessoria Jurídica Popular - Direito nas Ruas (NAJUP) e a Terra de Direitos instauraram um simbólico Tribunal Popular nas dependências da histórica Faculdade de Direito do Recife, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Na mobilização, somaram-se docentes universitários, estudantes, trabalhadores(as) rurais, sindicalistas, intelectuais, membros de partidos políticos e outros movimentos sociais, com o intuito de discutir a realidade brasileira e, nela, as implicações da peculiar e cruel estrutura agrária nacional.
O tribunal foi composto pela professora Dra. Larissa Leal, que desenvolveu o papel de magistrada, pelo professor Me. Roberto Efrem Filho, ocupando o lugar da promotoria, e pelo advogado sindicalista Teobaldo Pires, que assumiu a responsabilidade pela defesa do latifúndio e do agronegócio, fazendo-o, contudo, apenas cenicamente - como ele mesmo fez questão de tornar claro desde o início do evento. O corpo de jurados, por sua vez, formou-se com membros de movimentos sociais, professores e estudantes, os quais, ouvidas a acusação e a defesa, deveriam proferir sua decisão.
Lá mesmo no site, emendei o seguinte comentário:
Esse chamado tribunal "popular" nada mais é do que um ensaio de um tribunal leninista que o MST, capitaneado com mão de ferro pelo camarada Stál...ops... Stédile, gostaria de implementar no país. Ou seja, o MST e - temo que também o PC do B, querem mesmo é uma sociedade à lá URSS. O "povo" vai julgar e levar à forca os "capitalistas". Depois o "povo" vai decidir o que é justo, o que é verdadeiro e o que se pode ou deve dizer sobre o Estado. Mais ou menos o que os irmãos Castro fazem em Cuba, não?